domingo, 23 de novembro de 2008

Carolina Dieckmann: menina moleca

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Foto: Divulgação, Globo

Divulgação, Globo

Dia desses, Carolina Dieckmann foi surpreendida com uma pergunta do filho mais velho, Davi, de nove anos: "Mãe, por que você é diferente das mães dos meus amigos e parece uma adolescente?". O susto só não foi maior porque a atriz, que interpreta a Suzana de Três Irmãs, é a primeira a afirmar que faz, sim, o tipo"moleca". Criada entre meninos – ela é a caçula de quatro irmãos – e mãe de dois, Carol não faz o gênero "fresca" e costuma focar qualquer excesso de vaidade em suas personagens ou ensaios fotográficos.

–Mesmo aos 30 anos, a vida me deixou muito moleca. É esse o clima
na minha casa –
garante.

E é justamente aí que está sua maior semelhança com a atual personagem. Apesar de nunca ter sido adepta do surfe – esporte que Suzana adora –, Carolina diz que se sente à vontade na pele de uma moça que, embora não tenha superado totalmente o drama de ter sido adotada, é bem-ajustada. Uma das três irmãs que dão título à trama de Antonio Calmon, ela começou a história namorando Xande, de Dudu Azevedo,mesmo não sendo apaixonada por ele. Na verdade, o namoro parecia uma forma de gratidão, já que, após salvá-la de um atropelamento, o rapaz passou a mancar de uma perna. Após ver o surfista Eros, de Paulo Vilhena, em uma revista, Suzana ficou "caidinha" por ele e não conteve o entusiasmo ao ver que o rapaz se mudou para sua cidade.

–Apaixonar-se pelo moço da revista é uma coisa muito adolescente – diverte-se.

Mas a empolgação inicial, típica de início de namoro, parece ter passado.Agora,ao ver que o ex está envolvido com Carminha, de Maria Eduarda,Suzana passou a dar indícios de que esteja enciumada.

– Antes, ela se sentia uma pobre coitada por ser adotada e se conformava com a idéia de casar com o Xande, outro pobre coitado.Mas ela não é bobinha. É forte e luta pelo que quer – defende.

De bobinha, aliás, Carolina também não tem nada. Conhecida por não ter papas na língua e dizer o que pensa, gostem ou não, ela explica porque não se preocupa em "fazer gênero".

– Não sou obrigada a sair por aí sorrindo o tempo todo. Mas não sou azeda.Sou autêntica –dispara.

Em contrapartida, ela adora viver as mocinhas românticas dos folhetins.

– Quanto mais doce e fofa,melhor. Amo as heroínas que parecem viver em uma história encantada – pontua ela, cuja última personagem, a Leona de Cobras&Lagartos, foi a primeira vilã de sua carreira.

Acostumada ao horário das oito – no qual interpretou tipos marcantes, como a Camila de Laços de Família e a Isabel de Senhora do Destino –, a atriz reconhece que o horário das sete seja mais "complicado". Aos 30 anos e 15 de carreira, Carolina diz que se sente realizada. Mas tem consciência de que a boa fase possa ser efêmera. Para ela,uma das principais funções de sua profissão é levar diversão e fantasia aos quatro cantos.

– Acredito que a tevê seja uma caixinha de sonhos – afirma.

– Quero ficar velha e lúcida para ver meus filhos crescendo e construindo sua família. O resto a gente vai acertando – diz, com tranqüilidade.

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